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Eros e Tanatos: Reflexões Sobre A Destrutividade Contemporânea

Resumo

O psicanalista Vamik Volkan hipotetiza a necessidade absoluta, reequilibradora, de ter amigos e inimigos, tanto a título pessoal, como grupal, como, até, nacional. São assim criados objectos externos e internos, depressivos ou desamparados e persecutórios, e chega-se, por esta via, à criação das áreas mentais de Eros e de Tanatos, instrumentos fundamentais na classificação da realidade. “Bodes-persecutórios e desesperados”, e “bodes animadores e exaltantes”, são assim criados e usados.  São feitas reflexões sobre a pedofilia ou a corrupção, como males sociais prevalentes, e o medo de as entender, é relembrado o diálogo entre Einstein e Freud sobre a violência e a agressão e a sua inevitabilidade. Freud admite que só educação poderá minorá-las, mas não fazê-las desaparecer. O episódio bíblico de Sansão e Dalila ajuda a entender estes conceitos e, finalmente, acrescentam-se algumas considerações sobre as crises contemporâneas.

Palavras-chave

Eros e Tanatos, Destrutividade, "Bodes expiatórios", "Bodes animadores"

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Biografia Autor

Emílio Salgueiro

Pedopsiquiatra e psicanalista. Professor Catedrático jubilado de Psicologia e Psicanálise. Membro Titular, com funções didáticas, da Sociedade Portuguesa de Psicanálise (SPP) e da Associação Psicanalítica Internacional (IPA). 


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